segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

História do Fury




Um dos carros mais famosos de Hollywood sem dúvida é o Plymouth Fury 1958, mais conhecido no Brasil como “Christine: o carro assassino” nome do filme baseado no romance de Stephen King dirigido por John Carpenter, dois gênios do terror.

O filme mostra um dos carros mais belos da década, o meio-termo entre o estilo pesado do início dos anos 1950 e também os exagerados contornos e cromados vistos nos últimos anos em modelos como o Buick Electra e o Cadillac Eldorado.

Christine na vida real


O Plymouth Fury era uma oferta de esportividade para os fãs da marca, que esperavam melhor desempenho dos modelos. Era vendido na

versão cupê com motor V8 5,0 litros que desenvolvia 240 cv apenas com uma combinação de cor externa: creme e amarelo ouro. Para caprichar no acabamento, a fábrica oferecia ornamentos em alumínio anodizado dourado, para diferenciá-lo dos outros modelos mais simples e menos apimentados como o Belvedere e o Savoy.

O desenho do Fury era a tradução do chamado Forward look, “Olhar para a frente” ou para o futuro, cujo estilo estava em voga na década de 1950. Sua faixa dourada que nascia na altura dos faróis crescia na lateral do carro sugerindo velocidade, bem como as aletas traseiras, que formavam um estilo harmônico e sem exageros vistos nos modelos que viriam no futuro.

Para manejar o motor V8, o carro vinha equipado com o câmbio automático TorqueFlite acionado por enormes botões cromados, e era tão charmoso, embora dispensável, como a chave de ignição em forma de cartão, que equipa alguns carros de hoje.

No ano seguinte o Fury ganharia um novo motor V8 5,2 litros (mesma base usada nos Dodges brasileiros), que chegava a 290 cv. Em 1958, o propulsor seria novamente anabolizado e tinha grandeza até no nome; Golden Commando, um V8 5,75 litros que desenvolvia 305 cv a 5.000 rpm ou 315 cv com injeção de combustível. Este motor equipou o Christine, carro mostrado no filme de sucesso de Carpenter.


O filme de John Carpenter

Gravado em 1983, o filme conta a história de Arnold (Keith Gordon), um adolescente tímido que compra por US$ 250, um Plymouth Fury 1958 das mãos de um velho vestido com colete ortopédico, que omite o passado sombrio do automóvel. Arnold começa a restaurar o carro em uma garagem, e não percebe que sua jóia rara tem vida e personalidade próprias.

O carro comprado por Arnold marcava 93.475 milhas rodadas e estava em total abandono, embora ainda original, com todos os itens externos, internos e também o motor. Nas semanas seguintes, ganharia vida nova e mostraria também sua face macabra, a influência de um espírito obsessor sobre o seu proprietário. À noite, Christine sai para perseguir os adversários de Arnold até a morte e até sua namorada sofre e quase morre sufocada com gás carbônico, dentro do automóvel.

Mesmo sem brilhantes atuações, o filme tem efeitos especiais interessantes que deram trabalho para a equipe de John Carpenter e só o Plymouth Fury como protagonista é que vale a pena. Para quem gosta de leitura, o filme Christine, de Stephen King é de longe, bem superior a história contada na telona. Mesmo sem o show de imagens.

Infelizmente, 16 Plymouths foram destruídos nas filmagens de Christine, inclusive modelos mais simples transformados em Fury. Mas para os fãs da linha Chrysler o filme tem várias surpresas como o carro do detetive que investiga o caso, um Plymouth Fury 1977 e também o muscle car do melhor amigo Dennis, o esportivo Barracuda, igualmente desejado por colecionadores.

Alguns erros...

Para os mais atentos, Christine – o carro assassino tem alguns erros, que vale a pena citar e conferir depois: O Christine mostrado no filme tem cor vermelha e branca, que não estava no catálogo da marca para este modelo, mas sim para o Belvedere (mais simples). O filme deixa nas entrelinhas a informação de que o carro seria uma encomenda especial, já que na linha de produção, é o único de cor vermelha.

O câmbio, no filme, é chamado de hidramático. Na verdade, a transmissão do Fury é a TorqueFlite, acionada por botões no painel, e não na coluna de direção, como mostrado em vários momentos;No livro, o Plymouth Fury teria quatro portas. A linha Fury de 1956 a 1958 tinha apenas duas portas, na configuração hardtop cupê;

Por fim, em uma das cenas do filme, Arnie trava a porta do carro por meio de um botão “door lock”, localizado no forro de porta. Na verdade, o Plymouth Fury não tinha esse opcional, e para travar a porta era preciso apenas girar a maçaneta no sentido anti-horário.
Fonte: Web Motors

1 comentários:

O carro tá ótimo, mas acho q ficou mto classico. masa mesmo assim ta valendo.

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